Aumento de casos de escorpião acende alerta para cuidados e prevenção

Com o calor e a umidade, acidentes escorpiônicos crescem; população deve redobrar atenção para evitar picadas

Com a chegada dos meses mais quentes e úmidos do ano, os casos de acidentes com escorpiões têm aumentado significativamente, gerando preocupação entre especialistas e autoridades de saúde. O fenômeno, conhecido como escorpionismo, ocorre quando o animal injeta sua peçonha através do ferrão, podendo causar desde dor intensa até complicações graves, especialmente em crianças e idosos.

No Brasil, as espécies mais perigosas pertencem ao gênero Tityus, sendo o escorpião-amarelo (T. serrulatus) o mais preocupante devido ao seu alto potencial de envenenamento e rápida reprodução. Além dele, outras espécies como o escorpião-marrom (T. bahiensis) e o escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) também representam riscos à saúde pública.

Sintomas e tratamento

A picada do escorpião causa dor imediata e intensa, podendo ser acompanhada por vermelhidão, sudorese e dormência. Em casos mais graves, principalmente em crianças, podem surgir náuseas, vômitos, arritmias cardíacas e até choque anafilático. O tratamento envolve a administração do Soro Antiescorpiônico, disponível em unidades de saúde de referência.

Como se prevenir?

Para reduzir o risco de acidentes, especialistas recomendam medidas preventivas, como:
✔️ Manter quintais e terrenos limpos, evitando acúmulo de entulho e folhas secas;
✔️ Fechar frestas e buracos em paredes e rodapés, pois os escorpiões se escondem em locais escuros e úmidos;
✔️ Evitar o acúmulo de lixo e restos de comida, que atraem baratas – principal alimento dos escorpiões;
✔️ Verificar roupas, calçados e roupas de cama antes de usá-los, pois os animais podem se esconder neles;
✔️ Instalar telas em ralos e soleiras em portas e janelas para impedir a entrada dos escorpiões.

Autoridades recomendam que, em caso de picada, a vítima procure imediatamente atendimento médico, evitando tratamentos caseiros. O aumento da presença desses aracnídeos reforça a necessidade de cuidados contínuos para evitar novos acidentes.