Lula reafirma que a soberania do Brasil “é intocável” durante lançamento do Plano Brasil Soberano
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Presidente garante continuidade das negociações com os Estados Unidos, mas descarta qualquer flexibilização na defesa da autonomia nacional
Na quarta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que a defesa da soberania nacional não será flexibilizada, mesmo diante das recentes tensões comerciais com os Estados Unidos. A declaração foi feita durante o lançamento da Medida Provisória que institui o Plano Brasil Soberano, um conjunto de ações voltadas para enfrentar os impactos econômicos das tarifas de importação impostas unilateralmente pelo governo norte-americano.
“Vamos continuar insistindo nas negociações, porque gostamos de negociar e não queremos conflito. Mas precisamos deixar claro que a soberania é intocável. Neste país, aprendemos que ninguém larga a mão de ninguém, e continuaremos trabalhando para proteger nossos trabalhadores”, afirmou Lula.
O presidente ressaltou que não havia justificativa para que os Estados Unidos sobretaxassem produtos brasileiros e garantiu que o Governo Federal atuará para minimizar os danos causados pelas medidas. “O Brasil não tinha nenhuma razão para ser taxado e não aceitaremos qualquer insinuação de que não respeitamos os direitos humanos. Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para reduzir os prejuízos”, destacou.
Diversificação de mercados
Durante o evento, que contou com a presença dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, Lula pediu agilidade na votação da Medida Provisória para que os setores prejudicados possam ser beneficiados o quanto antes.
“Precisamos buscar novos parceiros comerciais. O mundo é grande e está disposto a negociar com o Brasil. Quanto mais rápido a MP for votada, mais rápido poderemos atender quem foi afetado. Essa postura também serve de exemplo para outros países que enfrentam problemas semelhantes”, disse o presidente.
Medidas do Plano Brasil Soberano
O plano foi estruturado para reduzir os efeitos da elevação de até 50% nas tarifas de importação sobre produtos brasileiros, anunciada pelos Estados Unidos em 30 de julho. Entre as principais medidas, estão:
• Destinação de R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) para linhas de crédito;
• Alteração das regras do seguro de crédito à exportação;
• Prorrogação excepcional dos prazos de suspensão de tributos;
• Incentivo à compra de gêneros alimentícios impactados pelas tarifas, por meio de medidas de contratação pública.
Com as ações, o Governo Federal espera fortalecer a economia nacional, proteger os produtores brasileiros e garantir que o país mantenha sua soberania diante dos desafios no comércio internacional.
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