Baralho une religião e geopolítica em sala de aula no ensino médio

Uma abordagem inovadora para o ensino de geopolítica no ensino médio vem chamando atenção em Ourinhos, São Paulo. O projeto “ReliGeo”, desenvolvido pela pesquisadora Lara Fabia Martins Santana Silva, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), alia religião e geopolítica em um jogo de cartas dinâmico e educativo.

O baralho, que representa as seis principais religiões do mundo contemporâneo – Cristianismo, Judaísmo, Islamismo, Hinduísmo, Budismo e Neopentecostalismo –, propõe aos alunos explorar a influência das religiões na organização social, cultural e espacial. Cada religião é simbolizada por um naipe, acompanhado de “infocartas”, que trazem informações detalhadas, e “cartas de geocuriosidades”, abordando aspectos curiosos e geopolíticos.

A iniciativa foi aplicada com alunos do terceiro ano do ensino médio da Escola Estadual Horácio Soares. Após participarem de uma aula introdutória sobre conceitos de geopolítica e religião, os estudantes jogaram com o baralho, debatendo temas como tolerância religiosa, diversidade cultural e relações de poder. A proposta obteve resultados promissores: 84% dos participantes avaliaram positivamente a experiência, destacando o aprendizado e o engajamento proporcionados pela dinâmica.

“O ReliGeo é mais do que um jogo; ele estimula o pensamento crítico e incentiva os alunos a serem protagonistas do próprio aprendizado”, explica Lara. A pesquisadora acredita que metodologias ativas, como o jogo, tornam o ensino mais acessível e interessante.

O projeto também despertou sugestões dos alunos, como a inclusão de um gabarito e de mais religiões no baralho. “A proposta é inovadora e permite uma nova forma de compreender temas complexos de maneira leve e interativa”, afirmou um dos estudantes.

Para o futuro, a ideia é ampliar a aplicação do jogo em outras escolas e séries, além de refinar o material com base no feedback recebido. O “ReliGeo” se destaca como uma ferramenta pedagógica moderna, que não apenas educa, mas também incentiva o respeito à pluralidade cultural e religiosa no contexto global.

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Editor Ourinhos Online