URGENTE: Pastor Silas Malafaia é alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal no Rio de Janeiro
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O pastor Silas Malafaia foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (14), ao desembarcar no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, após retornar de viagem a Portugal. O líder religioso foi abordado por agentes e teve seu celular apreendido.
Atualmente, Malafaia presta depoimento na sede da Polícia Federal. Entre as medidas cautelares impostas, ele está proibido de deixar o país, teve o passaporte recolhido e não poderá manter contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e outros investigados no caso.
Contexto da investigação
A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura a atuação de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, do comentarista Paulo Figueiredo e de Silas Malafaia em ações que buscariam instigar o governo dos Estados Unidos a intervir em assuntos internos do Brasil.
De acordo com a investigação, a Polícia Federal identificou diálogos e publicações que apontam Malafaia como “orientador e auxiliar das ações de coação e obstrução” promovidas por Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), em manifestação enviada ao STF, destacou que as apurações indicam uma associação entre pai e filho “com o propósito comum de interferir ilicitamente no curso da Ação Penal nº 2668”, que tem Jair Bolsonaro como réu por tentativa de golpe de Estado.
Possíveis crimes
Entre os crimes investigados estão:
• Coação no curso do processo;
• Obstrução de investigação de organização criminosa;
• Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Malafaia também é apontado como organizador do ato em apoio a Bolsonaro, realizado no dia 3 de agosto. Na ocasião, o ex-presidente participou por meio de um vídeo transmitido nas redes sociais, o que resultou, no dia seguinte, na decretação de sua prisão domiciliar.
Novo ataque a Moraes
Nesta quinta-feira (14), pouco antes da operação, Malafaia voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes. Em vídeo publicado nas redes sociais, o pastor afirmou que Moraes “deveria sofrer impeachment, ser julgado e preso”. O discurso repete ataques feitos em outras ocasiões por Malafaia, inclusive durante atos bolsonaristas organizados por ele.
Procurado pela imprensa, o líder religioso negou ter sido notificado sobre a investigação. Em entrevista ao portal G1, afirmou:
— “Isso que você está falando pra mim é uma novidade incrível. Por acaso eu tenho algum acesso à autoridade americana? Ou isso é mais uma prova inequívoca de que o Estado democrático brasileiro está sendo jogado na lata do lixo, comandado pelo ditador da toga Alexandre de Moraes, que promove perseguição a qualquer um que fale? Que democracia é essa, gente?”
Origem do inquérito
O inquérito foi aberto em maio deste ano, a pedido da Procuradoria-Geral da República. Segundo a PGR, os investigados buscaram influenciar autoridades estrangeiras para impor sanções a ministros do Judiciário brasileiro, como forma de interferir no andamento de processos que envolvem Jair Bolsonaro.
As apurações seguem em sigilo, e a Polícia Federal ainda não divulgou os próximos passos da investigação.
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