Privatização e pedágios em São Paulo: A População de Ourinhos será penalizada
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está promovendo a venda de uma parte significativa dos ativos públicos do estado, como já fez com a SABESP, entregando-os à iniciativa privada. Essa estratégia levanta preocupações sobre os impactos diretos na população de Ourinhos e região, que pode ser sacrificada com o aumento das tarifas de pedágio.
Na última sexta-feira (5), em um leilão realizado em São Paulo, a empresa Infra BR V Missouri Holding, pertencente ao grupo Pátria, foi a vencedora da concessão do Lote Paranapanema. Este lote abrange trechos da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), que conecta Ourinhos a Itapetininga. A proposta vencedora destacou-se pelo maior desconto percentual na contraprestação pública máxima, fixado em 11,6%, embora os descontos pudessem chegar a 100%. No total, três empresas participaram do pregão.
Com uma extensão de 285 quilômetros, a concessão abrange 13 municípios nas regiões de Marília e Sorocaba. O contrato terá duração de 30 anos, com promessa de investimentos que chegam a quase R$ 6 bilhões.
Entretanto, a proposta de privatização levanta sérias preocupações sobre o custo do pedágio, que poderá inviabilizar o comércio local em Ourinhos. A população da cidade e das regiões vizinhas pode enfrentar tarifas elevadas, que comprometerão a mobilidade e o acesso a serviços essenciais, além de onerar o orçamento familiar.
Durante o evento de leilão, estiveram presentes o vice-governador Felício Ramuth (PSD) e o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), entre outras autoridades. A iniciativa é apresentada pelo governo como um “benefício” para os municípios de Angatuba, Bernardino de Campos, Buri, Campina do Monte Alegre, Canitar, Chavantes, Ipaussu, Itaí, Itapetininga, Ourinhos, Paranapanema, Piraju e Tejupá. Na verdade, se trata do velho “presente de grego”.
Está prevista a implementação do Siga Fácil, um sistema de pórticos eletrônicos que substituirá as praças de pedágio tradicionais. Esse sistema permitirá a cobrança de tarifas proporcionais à distância percorrida pelos motoristas, utilizando tecnologia de leitura automática por meio de tags e placas.
Contudo, a entrega de ativos públicos à iniciativa privada levanta questões sobre a verdadeira natureza desse “benefício”. A população de Ourinhos, que já enfrenta desafios econômicos, pode ver sua situação agravada, enquanto o governo estadual parece priorizar o lucro das empresas em detrimento do bem-estar da comunidade. Resta saber qual será a resposta da sociedade cível em relação a mais esse ataque aos seus interesses imediatos, com falsas promessas de melhorias, segundo residentes em Ourinhos, ouvidos pelo Ourinhos.Online.
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