Justiça é feita em caso de ataque na Escola Estadual Júlio Mastrodomênico, em Ipaussu

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Jovem que esfaqueou professores é condenado a 34 anos de prisão após júri popular.

No dia 15 de dezembro de 2022, a tranquilidade da Escola Estadual Júlio Mastrodomênico, localizada em Ipaussu (SP), foi quebrada por um episódio de violência que chocou a comunidade escolar e ganhou repercussão regional. Um jovem de 22 anos invadiu a instituição portando uma faca, em um momento em que não havia alunos presentes, e atacou três professores, deixando dois deles feridos por arma branca e mantendo o terceiro sob ameaça até a chegada da polícia.

O agressor, identificado como Thiago Oliveira Silva, foi contido pelas autoridades ainda no local e encaminhado à delegacia. Em depoimento, alegou que agiu motivado por um episódio de bullying ocorrido há cerca de dez anos, quando ainda era aluno em outra escola da cidade. De acordo com Silva, seu objetivo era confrontar a diretora da unidade escolar, que anteriormente havia atuado na escola onde, segundo ele, os maus-tratos aconteceram.

A justificativa apresentada pelo agressor levantou debates importantes sobre os impactos psicológicos de traumas não tratados e a necessidade urgente de suporte emocional e psicológico para jovens em situação de vulnerabilidade.

Quase dois anos após o ocorrido, a Justiça se pronunciou. Thiago Oliveira Silva foi julgado por júri popular nesta semana e condenado a 34 anos de reclusão. A pena será cumprida em uma penitenciária especializada, conforme prevê o sistema prisional para crimes dessa natureza. A condenação inclui tripla tentativa de homicídio e ameaça, conforme os artigos pertinentes do Código Penal Brasileiro.

O caso escancarou não apenas a fragilidade da segurança nas unidades escolares, mas também a urgência de políticas públicas voltadas à prevenção da violência e ao cuidado com a saúde mental de estudantes e ex-estudantes. Educadores da região, abalados pelo episódio, têm reforçado a necessidade de investimentos em programas de acolhimento psicológico e ações efetivas de combate ao bullying.

A tragédia ocorrida na Escola Estadual Júlio Mastrodomênico deixa um alerta contundente: é preciso construir ambientes escolares seguros, empáticos e preparados para lidar com os desafios emocionais que afetam alunos, ex-alunos e profissionais da educação.

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Editor Ourinhos Online