Bolsonaro e aliados indiciados: PF aponta tentativa de golpe e organização criminosa

Ex-presidente e 36 aliados são acusados de crimes graves, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe; caso segue para análise do STF.

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e 36 ex-integrantes de seu governo nesta quinta-feira (21). O grupo é acusado de envolvimento em crimes graves, como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. A lista inclui nomes de destaque, como o general da reserva Braga Netto, o ex-ministro Augusto Heleno, o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem e Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

Investigação e Motivações

O inquérito, conduzido desde 2022, apura a tentativa de manter Bolsonaro no poder após sua derrota para o presidente Lula (PT). A PF concluiu um relatório de mais de 800 páginas detalhando os atos que ameaçaram a democracia após as eleições. O documento foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Consequências Legais

Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresentará denúncia contra os indiciados ao STF. Caso a denúncia seja aceita, todos se tornarão réus e enfrentarão julgamento. As penas podem variar entre 4 e 12 anos para golpe de Estado, de 4 a 8 anos para abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de 3 a 8 anos por participação em organização criminosa.

O caso é mais um capítulo no cenário político brasileiro, destacando as investigações sobre atos antidemocráticos após as eleições de 2022.