Polícia desarticula grupo que planejava ataque durante show de Lady Gaga no Rio

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Operação nacional identificou célula extremista que pretendia utilizar coquetéis molotov contra o público LGBTQIA+; um dos líderes foi preso no Rio Grande do Sul

Redação Ourinhos.Online

Uma operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério da Justiça e Segurança Pública desarticulou, neste sábado (4), um grupo extremista que planejava um atentado durante o show da cantora Lady Gaga, realizado na última sexta-feira (3), na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A ação, batizada de Operação Fake Monster, resultou na prisão de um homem no Rio Grande do Sul e na apreensão de um adolescente no Rio de Janeiro.

Segundo a polícia, o grupo se organizava por meio da plataforma Discord, onde disseminava discursos de ódio e recrutava jovens para a realização de ataques com artefatos explosivos caseiros e coquetéis molotov. Os principais alvos seriam crianças, adolescentes e, sobretudo, o público LGBTQIA+.

O show de Lady Gaga reuniu cerca de 2,1 milhões de pessoas em Copacabana, e, de acordo com a polícia, o ataque tinha potencial para provocar uma tragédia de grandes proporções. A operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.

“O trabalho de inteligência começou na segunda-feira. Identificamos o plano e agimos com descrição, sem gerar pânico, conseguindo prender os dois principais responsáveis. A investigação é sobre terrorismo. Evitamos um possível massacre”, afirmou o secretário de Polícia Civil do Rio, delegado Felipe Curi.

Durante as diligências, foram apreendidos computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos que agora passam por perícia. As investigações revelaram ainda que o grupo disseminava conteúdo relacionado a automutilação, pedofilia, crimes de ódio e apologia à violência.

Além dos oito investigados diretamente ligados ao plano de ataque, um nono suspeito foi identificado em Macaé, no Norte Fluminense. De acordo com informações recebidas de autoridades dos Estados Unidos, esse homem, de 44 anos e com histórico de extradição, ameaçava assassinar uma criança durante o show e transmitir o crime por meio de uma rede social. Ele segue em liberdade por não ter sido preso em flagrante, mas está sendo investigado por terrorismo e incitação ao crime.

As investigações continuam e todo o material apreendido será analisado para aprofundar o entendimento sobre o alcance das ações do grupo.

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Editor Ourinhos Online