Partiu Feira da Reforma Agrária? Evento reúne mais de 500 toneladas de alimentos e fortalece a luta por justiça no campo
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A maior celebração da agricultura popular do Brasil começa nesta quarta-feira (8), no Parque da Água Branca, em São Paulo (SP): é a Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O evento, que segue até sábado (11), vai reunir mais de 500 toneladas de alimentos agroecológicos, produzidos por milhares de famílias camponesas de diversas regiões do país.
Além de celebrar a produção dos assentamentos, acampamentos, cooperativas e agroindústrias populares, a feira é um espaço de resistência, cultura e educação política. De acordo com Diego Moreira, da direção nacional do setor de produção do MST, toda a logística da feira envolve mais de 50 caminhões que cruzaram o Brasil levando não só alimentos, mas também sonhos, história e organização popular.
“A feira exige organização desde a base e é um momento importante para consolidar a luta pela reforma agrária popular no Brasil”, destacou Diego, em entrevista ao programa Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato.
A expectativa da organização é superar os 300 mil visitantes da última edição, realizada em 2022. Oficialmente incluída no calendário turístico da cidade de São Paulo, a feira vai muito além da comercialização de produtos: é um espaço de debate sobre o futuro do campo e da alimentação no Brasil.
Homenagem ao Papa Francisco e reflexões sobre a “casa comum”
Inspirada na proposta do Papa Francisco de cuidado com a “casa comum”, a feira deste ano homenageia o pontífice e propõe reflexões sobre a urgência da reforma agrária, a defesa da natureza e a produção de alimentos saudáveis e acessíveis para todos.
A programação inclui seminários, conferências, atos políticos, apresentações culturais e comidas típicas de todas as regiões do país. Um dos momentos mais aguardados acontece já na noite de abertura, com o show do cantor Almir Sater, às 19h30.
A Feira Nacional da Reforma Agrária é um convite a conhecer o Brasil profundo, construído por mãos que plantam, cuidam e resistem. É também uma oportunidade única para refletir sobre os caminhos de um desenvolvimento mais justo e sustentável, com comida de verdade no prato e dignidade no campo.
A entrada é gratuita e aberta a todos os públicos.
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