Prefeitura de Ourinhos contrata empresa do Secretário da Cultura em meio a denúncias de favorecimento e desvio de função pública

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Da Redação

A administração do prefeito Guilherme Gonçalves (PL) está no centro de mais uma polêmica. Desta vez, o alvo é a Secretaria Municipal da Cultura, acusada de contratar, sem licitação, uma empresa para dar aulas de música cujo proprietário é o próprio secretário da pasta, em um contrato que pode chegar a R$ 1,2 milhão.

A cidade já possui a tradicional Escola Municipal de Música, reconhecida pela qualidade de seus professores e formação de músicos profissionais há décadas. No entanto, a prefeitura decidiu ignorar essa estrutura pública e optou por terceirizar o serviço – justamente para uma empresa ligada ao secretário responsável pelo setor.

Servidores públicos “emprestados” para empresa privada
Além da ausência de licitação, chama a atenção o fato de que funcionários concursados da prefeitura, que já atuam como professores de música, estariam sendo pressionados a trabalhar para a empresa privada do secretário.

No dia 5 de agosto, professores da Escola Municipal de Música foram chamados individualmente para uma reunião com o secretário, sua esposa (sem vínculo oficial com o governo), Tiririca e outro representante da administração. A estratégia de conversas isoladas levantou suspeitas de intimidação para forçar a adesão ao novo esquema.

Esposa do secretário no centro das controvérsias
A presença da esposa do secretário nas reuniões oficiais gerou estranheza. Relatos apontam que, durante o último Festival de Música da cidade, ela teria assumido uma função não oficial, de “organização”, no entanto, sua função se limitou proibir os professores municipais de tomar café disponível no evento – tendo de se contentar com café preto e bolachas durante toda a semana.

Prefeitura se cala diante das denúncias
Até o momento, a administração municipal não se pronunciou sobre:
– Por que contratar uma empresa privada se a cidade já tem uma escola pública de música?
– Qual a justificativa para não haver licitação?
– Por que servidores públicos estão sendo direcionados a um negócio particular?
– Qual o papel da esposa do secretário em reuniões oficiais?

Enquanto a prefeitura se omite, a população questiona: há conflito de interesses ou má gestão?
Aguardamos posicionamento.

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Editor Ourinhos Online