Caos na saúde de Ourinhos: apenas 30 vagas para 100 mil habitantes
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Na manhã de ontem, que deveria ser dedicada à saúde e à prevenção, o cenário encontrado por centenas de mulheres em Ourinhos foi de descaso e desorganização. Antes das 8h, todas as cadeiras da unidade de saúde já estavam ocupadas. Mulheres sentadas e outras em pé formavam uma longa fila, todas em busca de um direito básico: exames de mamografia e papanicolau.
Organizada pela Secretaria da Saúde estadual, de Tarcísio de Freitas, demonstram a incapacidade do governador em organizar serviços públicos que interessam de fato a população, diante do caos instaurado em Ourinhos no dia de ontem.
O que deveria ser um gesto de cuidado e prevenção rapidamente se transformou em um retrato da crise na saúde pública local e estadual. A ausência de orientações e informações no local deixou as pacientes à mercê da confusão. A situação se agravou quando uma funcionária pública anunciou que apenas 30 vagas estariam disponíveis para Ourinhos e outras 30 para Ribeirão do Sul.
Esse cenário alarmante demonstra como as emendas parlamentares, frequentemente utilizadas por vereadores e prefeitos como ganhos políticos e fontes de influência, acabam se traduzindo em desperdício do dinheiro público. A realidade de Ourinhos, uma cidade com mais de 100 mil habitantes, sendo preterida em favor de Ribeirão do Sul, que possui menos de 5 mil cidadãos, evidencia a necessidade urgente de revisão nesse processo. O Ministro do STF, Flávio Dino, tem tentado impor limites às emendas parlamentares, reconhecendo que sua pulverização desorganiza as ações do executivo e prejudica a alocação adequada de recursos.
A prefeita de Ribeirão do Sul deixou claro que as 30 mamografias destinadas ao município foram resultado da intervenção da Deputada Federal Maria Rosas (Republicanos). Essa situação, que privilegia uma cidade menor em detrimento de uma população maior, é questionável e clama por uma reavaliação das prioridades na distribuição de recursos de saúde.
Com apenas trinta vagas disponíveis para um número tão expressivo de mulheres necessitando de cuidados médicos essenciais, o caos se instaurou. As mulheres foram instruídas a refazer a fila repetidamente — pelo menos cinco tentativas em apenas 30 minutos. Gritaria e confusão tomaram conta do ambiente, enquanto a indignação crescia entre aquelas que haviam acordado cedo, deixado filhos, trabalho e casa para lutar por exames que podem salvar vidas.
Campanhas de saúde incentivam as mulheres a realizarem seus exames, a realidade mostra que a vontade de cuidar da saúde não é suficiente — o que falta é respeito.
Fica evidente a desorganização e a falta de rumo da saúde em Ourinhos, sob a gestão do prefeito Guilherme Gonçalves (Podemos). Essas mulheres não estão pedindo favores; estão reivindicando um direito. Cuidar da própria vida não deveria ser uma batalha, mas sim um ato acessível e respeitado por todos. A saúde pública em Ourinhos clama por uma reorganização urgente, que garanta dignidade e acesso adequado aos serviços de saúde para toda a população. Falta planejamento, organização. A população não aguenta mais o prefeito gravando vídeos sem conteúdo, demonstrando o vazio de uma administração sem rumo e sem organização.
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