A saúde em Ourinhos: uma denúncia de descaso e nepotismo

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Ourinhos, SP – A situação do atendimento em saúde na cidade de Ourinhos se torna cada vez mais alarmante, à medida que a população se depara com as promessas vazias do prefeito Guilherme Gonçalves. Em vídeos divulgados nas redes sociais, o prefeito parece mais preocupado em criar uma narrativa positiva, recheada de citações religiosas, do que em apresentar soluções concretas para os problemas da saúde pública. Frases como “Deus abençoe” permeiam suas falas, mas a realidade é bem diferente.

A saúde na cidade está em verdadeiro caos. A situação se agrava ainda mais pela ingerência dos vereadores que compõem a base de apoio do prefeito. Quase 100% das vagas para especialidades e exames estão sob o controle desses parlamentares, que determinam quem será atendido, quem fará cirurgias e quem terá prioridade nas consultas. Essa prática, que beira o nepotismo, tem gerado conflitos entre os próprios vereadores, que disputam as vagas disponíveis.

“Não, você já pegou três vagas. Agora sou eu que indico quem fará cirurgia” – é uma frase que ecoa nos corredores da Câmara Municipal.

Além disso, existe uma legislação para o estado de São Paulo – Lei nº 17.745, de 12 de setembro de 2023 (última atualização: retificação de 14/09/2023) – que obriga o Poder Executivo a dar publicidade à ordem de espera dos pacientes que aguardam a realização de procedimentos ofertados pela Central de Regulação de Oferta de Serviço de Saúde (CROSS) e pelas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito estadual.

A lei existe, mas e seu cumprimento? Como fica?

Uma administração que se preze deveria ser transparente e permitir que os cidadãos soubessem qual é o tempo de espera para consultas, exames e cirurgias. No entanto, a realidade é que muitos pacientes chegam aos serviços de saúde com indicações de vereadores, mesmo sem terem passado por consulta. Isso gera um sistema em que as prioridades são definidas por laços políticos, e não pela real necessidade de atendimento.

Um caso emblemático ilustra essa situação: uma pessoa que necessitava de uma cirurgia ocular foi informada de que não havia vagas disponíveis. Após um ano de espera, e com um diagnóstico que indicava a perda irreversível da visão, essa mesma pessoa retornou ao posto de saúde, apenas para descobrir que a situação não havia mudado. No entanto, em questão de minutos, outra pessoa, indicada por um vereador, conseguiu ser atendida imediatamente para a mesma cirurgia.

Esse tipo de prática não só desrespeita os cidadãos que aguardam atendimento, mas também perpetua um ciclo de desinformação e injustiça.

A população de Ourinhos merece um sistema de saúde que funcione de maneira justa e transparente, onde o acesso aos serviços não dependa de favores políticos, mas sim das necessidades reais de cada cidadão.

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Editor Ourinhos Online